sábado, 16 de outubro de 2010

Ping-Pong

"Entrevista significa em linguagem jornalística 'encontro com alguma pessoa com finalidade de interregoá-la sobre seus atos e idéias', e o conjunto das declarações com autorização formal ou implícita para publicá-las. O entrevistado é quase sempre pessoa de destaque, permanente ou circunstancial, e as perguntas não são sempre respondidas com boa vontade e disposição, mas conseguidas com astúcia e tato por parte do entrevistador."

(AMARAL, 1997, p. 125)
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Na edição 48 da Rolling Stone constam entrevistas com os presidenciáveis, dentre eles Dilma Rousseff.

Entrevista RS Dilma Rousseff

Por Ricardo Franca Cruz, Pablo Miyazawa, Rodrigo Barros e Fernando Vieira

Foram oito meses de tentativas, sucessivas negativas, quase uma dezena de assessores consultados, inúmeras explicações e frustrações: as dificuldades e os percalços em conseguir uma longa entrevista com a candidata Dilma Rousseff (PT) foram - traçando um paralelo com os temas e personagens normalmente retratados pela Rolling Stone Brasil - dignos de uma celebridade musical, cinematográfica ou televisiva de primeira grandeza. Mesmo antes da confirmação de sua candidatura ao cargo máximo da nação, plenamente apoiada pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a organização da campanha tentava blindar a mineira Dilma, 62 anos, de um contato mais aprofundado com os principais órgãos de imprensa do Brasil. Foi somente após sua consolidação no topo das pesquisas de opinião que o cerco a seu redor se afrouxou - mas não o suficiente: todas as nossas insistentes solicitações para uma entrevista com Dilma em corpo presente foram negadas, supostamente por causa da atribulada agenda de compromissos relacionados à campanha. As respostas a seguir foram concedidas por meio de uma única troca de e-mails com a candidata.

Caso eleita, que a senhora pretende fazer pelo Brasil?

Sempre acreditei que o Brasil podia mudar , mas por muito tempo isso parecia uma possibilidade longínqua. O governo Lula mostrou que isso é possível, com um projeto de desenvolvimento com inclusão social. Um governo para 190 milhões de brasileiras e brasileiros e não para poucos privilegiados, como se fazia no governo anterior. Minha candidatura representa a continuidade deste projeto que trouxe mudanças. Continuidade que significa manutenção e avanço. No governo Lula, 24 milhões de pessoas saíram da miséria e 31 milhões ascenderam à classe média. Mas ainda há muito a fazer. Este é meu sonho: um Brasil sem miséria, um Brasil majoritariamente de classe média. Vamos trabalhar para que o país alcance esse lugar e seja uma das maiores economias do mundo.

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